Pinot Gris “Un Certain Regard”

Pinot Gris “Un Certain Regard”

O terroir: Esta cuvée é elaborada a partir de uma única parcela. Trata-se das vinhas mais antigas da propriedade, com 80 anos. Localizado na planície, na borda de Wintzenheim, o solo é pedregoso, com presença de cascalho, onde os depósitos aluviais são gradualmente cobertos por uma camada de loess. Trata-se de um loess muito fino, de cor amarelo-pálido, arenoso, calcário e argiloso. Este tipo de terroir dá origem a vinhos densos e complexos, caracterizados por uma acidez fina e precisa.

O nome: Este Pinot Gris foi idealizado e criado por Isabelle e Céline Meyer em 2016, como uma homenagem ao pai, falecido nesse mesmo ano. O rótulo traz uma fotografia tirada em Nice por Jean Meyer durante uma de suas caminhadas poéticas.

Na vinha,
desde 2004, todo o cultivo é realizado de forma orgânica e biodinâmica. Esta abordagem mais exigente e qualitativa permite uma simbiose entre o céu, a terra, a vinha e a humanidade. Esta estreita relação entre estes quatro elementos produz uvas nobres que, por sua vez, dão origem a um vinho denso e equilibrado com uma personalidade única.

Vinificação:
Colhidas manualmente e prensadas inteiras em prensa pneumática (durante 5 a 8 horas), as uvas – provenientes exclusivamente de agricultura orgânica e biodinâmica – transmitem naturalmente seus aromas ao mosto. A fermentação ocorre espontaneamente, sem adição de enzimas ou leveduras selecionadas, e sem chaptalização. Após um período de fermentação que varia de um a quatro meses, os vinhos são envelhecidos, dependendo da safra, em barricas de carvalho centenárias ou tanques de aço inoxidável.

Envelhecimento
Após uma fermentação que dura de um a quatro meses, os vinhos são envelhecidos em barris de carvalho centenários.

Residual de açucar: 5 g/l
Ácido Tartárico: 6 g/l

NOTAS DE DEGUSTAÇÃO: O Pinot Gris Un Certain Regard é um grande vinho branco seco, definido, acima de tudo, pela fineza de sua acidez, conferida pelas vinhas muito antigas desta parcela. É um Pinot Gris encorpado e potente, que O\oferece um bouquet intenso e preciso, com aromas de frutas maduras combinados com uma intensidade iodada e mineral. Sua estrutura firme e tensa contrasta com a amplitude natural da casta. O final é sempre salino e pode evoluir para notas mais terrosas, tostadas ou até levemente torradas em safras mais quentes. Recomenda-se a decantação para safras jovens.

HARMONIZAÇÃO: Este vinho harmoniza maravilhosamente com pratos que celebram tanto a terra quanto o mar. Grãos e risotos cremosos também são excelentes escolhas. Foie gras, galinha-d’angola ou coelho com toques de frutas secas, carnes brancas em molho ou, para algo mais original, uma salada tailandesa temperada com gergelim tostado, alho e molho de soja irão brilhar ao seu lado.

Com uma história que se inicia no mundo dos vinhos em 1854, a família Meyer trilhou um caminho de sucesso por um século, como negociantes de vinho. Contudo, foi apenas na quinta geração, no ano de 1963, que a vinícola Josmeyer foi, de fato, criada. Esse marco ocorreu graças à visão de Hubert Meyer, que decidiu homenagear seu pai, Joseph, ao incorporar as três primeiras letras do seu nome ao sobrenome da família, resultando no nome “Josmeyer”.

A verdadeira transformação teve início em 1966, quando Jean Meyer, filho de Hubert, juntou-se ao negócio. Com uma abordagem moderna e criativa, Jean revolucionou diversos aspectos da produção de vinho na vinícola, indo desde a transição para a produção orgânica e biodinâmica em 1995, culminando na certificação de todos os vinhedos em 2004, até a introdução da inovadora “Série de Artistas” em 1987, na qual rótulos de vinhos selecionados eram desenhados por artistas contemporâneos e trocados a cada dois anos. Essas mudanças não apenas solidificaram a reputação da Josmeyer, mas também a elevaram ao patamar dos grandes nomes da região da Alsácia.

Hoje, as protagonistas dessa bela saga são as filhas de Jean, Celine e Isabelle Meyer. Celine, a mais jovem, assume o papel de CEO, dirigindo com maestria toda a gestão da vinícola, enquanto, Isabelle desempenha o papel de enóloga, supervisionando a produção dos extraordinários vinhos da Josmeyer.

Localizada em Wintzenheim, nas proximidades da cidade de Colmar, a propriedade de 28 hectares desfruta de uma das menores médias de precipitação anual na França. Nas suas terras, são cultivadas uvas como Riesling (28%), Pinot Blanc e Auxerrois (24%), Pinot Gris (21%) e Gewurztraminer (19%), além de Sylvaner, Muscat e Pinot Noir (10%), em cinco terroirs distintos, incluindo dois classificados como grand cru: Hengst e Brand.

O processo de vinificação é cuidadoso e tradicional. As uvas são colhidas à mão e submetidas a uma prensagem suave, seguida de uma fermentação natural em barris de carvalho centenários, onde, em alguns casos, envelhecem em contato com as leveduras.

Os vinhos da Josmeyer são celebrados pelo seu frescor, complexidade e mineralidade. Cada um dos cinco terroirs contribui para diversas expressões das uvas, conferindo-lhes um caráter distinto. Apesar da descontração sugerida pelos seus rótulos, esses vinhos são indiscutivelmente sérios em qualidade e representam a essência do compromisso da família Meyer com a excelência vinícola.