Riesling Grand Cru “Hengst” – Selection de Grains Nobles 2002
Feito com uvas de vinhedos de 40 anos de idade média, uma baixíssima produção por hectare e com 67g/l de açúcar residual, este Riesling Selection de Grains Nobles do vinhedo Grand Cru “Hengst”, da safra de 2002 e engarrafado em 2007, é uma verdadeira obra-prima.
Seguindo algumas condições climáticas muito específicas, como os nevoeiros matinais de meados de outubro, as uvas atingem níveis significativos de maturação avançada, associada a passerillage (método de secagem da uva ao sol, após a colheita, com o objetivo de aumentar a concentração de açucar) e podridão nobre.
Nesse caso, o fungo botrytis cinerea penetra no grão da uva, desidratando e ressecando os frutos e assim concentrando os ácidos e açúcares. Este processo que à primeira vista parece ser a destruição instilada do próprio cerne da vida, de fato metamorfoseia a uva em uma forma de eternidade. Talvez seja por isso que se diz que essa podridão é nobre.
Colhidas em vindimas sucessivas de outubro a novembro, estas uvas permitem a produção de vinhos raros resultantes de uma vida transfigurada.
Um Selection de Grains Nobles em sua fase secundária, já extremamente agradável, mas ainda sugerindo uma boa evolução para os próximos anos e décadas.
TERROIR: Entre as comunas de Wintzenheim e Turckheim, o solo é predominantemente de areia, cascalho e lodo, com alta incidência de seixos, argila e placas de Loesse (tipo de solo fértil formado a partir da ação dos ventos, que possibilita o acúmulo de grãos finos e muito pequenos de argila, cálcio, feldspato, quartzo e outros minerais).
Os vinhos deste vinhedo costumam ser suaves e sensuais.
VINIFICAÇÃO: todas as uvas são colhidas à mão e os cachos inteiros são prensados suavemente, de forma muito lenta, em prensas pneumáticas, durante 5 a 8 horas para proporcionar um mosto limpo e um benéfico contato com a pele das uvas.
Após ser transferido para tanques de aço inoxidável termorregulados, o suco inicia a fermentação natural usando apenas suas próprias leveduras, por um mês.
A fermentação teve inicialmente a temperatura controlada mas acabou por ser permitida a seguir ao seu ritmo para permitir ao vinho desenvolver o seu carácter e complexidade próprios.
O vinho foi então estabilizado em tanques de aço inoxidável naturalmente durante o inverno e, após uma filtragem muito suave, foi engarrafada em março de 2007 antes do calor do verão para preservar o gás carbônico natural (um antioxidante natural).
HARMONIZAÇÃO: Sobremesas feitas com frutas exóticas (manga, abacaxi) ou laranja