Josmeyer

Pinot Auxerrois “H” Vielles Vignes

2021

Valor

R$565,00

Fora de estoque - Entre na lista de espera e receba um e-mail quando o produto estiver disponível

Descrição

Pinot Auxerrois “H” Vielles Vignes

A Alsácia é uma região bastante tradicionalista e que segue muitas regras na produção dos vinhos. Uma delas é que apenas as uvas tradicionais (Riesling, Gewurztraminer e Pinot Gris), plantadas nos melhores vinhedos, são certificadas para ter a informação “Grand Cru” no rótulo.

Fugindo um pouco do seu tradicionalismo, há 60 anos Jean Meyer decidiu plantar uma parcela da uva Pinot Auxerrois em um de seus principais vinhedos, o Hengst Grand Cru, simplesmente porque ele gostava muito desta uva.
Hoje, após 6 décadas que foram plantadas, estas vinhas ainda produzem e as irmãs Meyer seguem fazendo este vinho, que é sempre o escolhido para todas as comemorações da família Meyer, já que traz boas memórias de seu pai.

Infelizmente, pela limitação das regras da denominação, o Pinot Auxerrois “H” Vielles Vignes não pode ser classificado como Grand Cru.

TERROIR: O solo da encosta de 360 metros que domina este vinhedo Grand Cru é essencialmente uma mistura de calcário do departamento de Vosges, marga calcária e camadas de sedimentos vermelhos, castanhos, verdes e bege com centenas de metros de espessura. A rocha-mãe é de tonalidade amarelo alaranjada
Datando desde o período Jurássico, os elementos variam em densidade, desde muito finos até consideravelmente grossos/grandes.

VINIFICAÇÃO: Para este Pinot Auxerrois, todas as uvas são colhidas à mão e os cachos inteiros são prensados suavemente, de forma muito lenta, em prensas pneumáticas, durante 5 a 8 horas para proporcionar um mosto limpo e um benéfico contato com a pele das uvas.

Após ser transferido para tanques de aço inoxidável termorregulados, o suco inicia a fermentação natural usando apenas suas próprias leveduras.

Após aproximadamente uma semana o vinho é bombeado para uma centenária barrica de carvalho onde termina a fermentação.

Após maturação de 4 a 8 meses com suas borras finas, o vinho é filtrado e engarrafado antes do calor do verão para conservar o gás carbônico natural (um antioxidante natural).

NOTAS DE PROVA: Trata-se de um vinho de grande densidade, que melhora com o envelhecimento. A fermentação costuma ser longa, e, na juventude, o vinho revela no nariz aromas de fruta e de caroço.
São sensações delicadas, como ameixa ou damasco, acompanhadas por uma mineralidade esculpida e uma salinidade pronunciada. No paladar, é ao mesmo tempo carnudo e calcário. A fruta se mistura ao sal e à mineralidade no final de boca, que apresenta um retrogosto longo e amargo. Esse caráter singular o liga de forma intensa ao solo calcário de Hengst. No entanto, é com o envelhecimento, após 8 a 10 anos, que sua verdadeira personalidade se revela. O nariz evolui para notas de casca macia, mel de flores, com toques cremosos e salinos. Há contenção e elegância na estrutura do vinho, envolta por luz, cristais de sal, aromas pedregosos e sutis nuances de carvalho.

HARMONIZAÇÃO:
Na juventude, este vinho acompanha com elegância frutos do mar delicados, como vieiras. Após cerca de sete anos de envelhecimento, harmoniza perfeitamente com pratos de aves em molho cremoso, risoto de porcini ou vol-au-vent. Depois de aproximadamente quinze anos, a carne delicada de uma lagosta ou, em um registro diferente, um queijo Reblochon de fazenda, brilhará de forma especial ao seu lado.

 

Produtor

Apesar da família Meyer já atuar como Negociant desde 1854, a vinícola só foi criada, de fato, na quinta geração da família, em 1963, quando Hubert Meyer adicionou as 3 primeiras letras do nome de seu pai (Joseph) ao seu sobrenome e, assim, criou a Josmeyer.

Em 1966 Jean Meyer começou a trabalhar com seu pai e trouxe um caminho de modernidade e criatividade para vários aspectos da produção de seus vinhos, incluindo a transição para a produção orgânica e biodinâmica iniciada em 1995 e com a certificação de todos seus vinhedos em 2004, além da criação da “Artist Series”, em 1987, onde os rótulos de alguns dos vinhos são criados por artistas contemporâneos e trocados a cada dois anos. O seu trabalho elevou a propriedade a um dos grandes nomes da Alsácia.

Hoje quem segue esta belíssima história são as irmãs Celine e Isabelle Meyer, as duas filhas de Jean.
Celine, a mais nova, é a CEO, responsável por toda a gestão da vinícola enquanto Isabelle é a enóloga responsável pela produção dos incríveis vinhos da Josmeyer.

A propriedade de 28 hectares está situada em Wintzenheim, próximo à cidade de Colmar, e se beneficia de uma das mais baixas precipitações anuais da França. Lá cultivam as uvas Riesling (28%) e Pinot Blanc e Auxerrois (24%), Pinot Gris (21%), Gewurztraminer (19%) além de Sylvaner, Muscat e Pinot Noir (10%) em 5 terroirs distintos, sendo 2 classificados como grand cru: Hengst e Brand.

Uma vez colhidas a mão, as uvas passam por uma prensagem suave seguida de fermentação natural em barris de 100 anos de idade, onde, em alguns casos também envelhecem com as leveduras.

Os vinhos de Josmeyer são caracterizados pelo frescor, complexidade e mineralidade, com cada um dos 5 terroirs contribuindo para diferentes expressões das uvas. São verdadeiros vinhos de caráter e, embora seus rótulos possam sugerir uma certa brincadeira, eles certamente são vinhos sérios.