A história do Château Fayat começa em 2006, quando foi fundado sob o nome Château Fayat Thunevin. O projeto surgiu da união de dois grandes nomes do vinho: Clément Fayat, proprietário de propriedades renomadas como o Château La Dominique, em Saint-Émilion, e o Château Clément Pichon, no Haut-Médoc; e Jean-Luc Thunevin, ao lado de Murielle Andraud, figuras emblemáticas do Château Valandraud. Movidos por uma paixão em comum — produzir vinhos excepcionais na prestigiosa denominação de Pomerol — a parceria durou até a safra de 2009. A partir de então, Clément Fayat assumiu o controle total, e a propriedade passou a se chamar apenas Château Fayat.
Com a mudança, Clément Fayat deu início a um ambicioso projeto de reestruturação. Em 2009, ele decidiu unificar três pequenas propriedades em Pomerol: Château Prieurs de la Commanderie, localizado ao pé do planalto de Pomerol, com solos de cascalho fino sobre argila arenosa; Château Commanderie de Mazeyres, mais ao oeste, com solos leves de areia e cascalho; e Vieux Château Bourgneuf, situado no local do antigo castelo de Pomerol. Essa fusão não apenas proporcionou maior coerência e potencial produtivo, como também possibilitou investimentos significativos na modernização da adega e na renovação das vinhas.
O terroir resultante dessa união é um verdadeiro mosaico de características complementares. Os solos arenosos e de cascalho conferem elegância e aromas delicados ao vinho, enquanto a argila oferece estrutura, potência e profundidade. As vinhas, algumas com mais de 50 anos — e até exemplares centenários de Cabernet Franc plantados em 1902 — são cultivadas com densidade de até 9.000 plantas por hectare nas áreas mais recentes, promovendo maior concentração e qualidade. A idade média elevada das vinhas faz do Château Fayat uma das propriedades com vinhedos mais antigos de Pomerol.
A vinificação é realizada com a consultoria do antigo sócio, Jean-Luc Thunevin, além do renomado enólogo Michel Rolland. Cada uma das 31 parcela é vinificada separadamente em tanques de aço inox e grandes tonéis de carvalho, permitindo uma micro-oxigenação sutil que enriquece o perfil aromático do vinho. O envelhecimento segue o padrão dos grandes Pomerols: cerca de 70% do vinho amadurece em barricas de carvalho francês, enquanto o restante repousa em tonéis maiores ou mesmo em tanques de inox, para preservar a pureza da fruta. O resultado é um vinho que combina o clássico com o contemporâneo, elogiado por especialistas como uma joia de elegância e profundidade, ideal tanto para ser guardado por muitos anos, quanto apreciado desde já.