Givry Premier Cru Clos du Cellier aux Moines 2019
O Terroir
Por séculos o vinhedo 1er Cru Clos du Cellier aux Moines tem sido considerado pelos monges cistercienses como um dos principais vinhedos de toda a Borgonha.
Cercado por muros de pedra, o que permite que seja chamado de “Clos”, o vinhedo Cellier aux Moines está localizado ao norte da comuna de Givry, com exposição voltada ao sul e vista para toda a região. Esta posição geográfica é bastante especial e considerada rara para esta região da Borgonha.
Os 5 hectares do vinhedo do Domaine são plantados tanto na parte central quanto no topo da encosta, no exato local onde a adega do monastério foi construída por volta do ano de 1130. Protegida dos ventos do norte, mas ainda com uma boa ventilação, as uvas atingem uma maturação perfeita, evitando o risco de serem atingidas por fungos ou podridão cinzenta.
Os solos de argila e calcário, encontrados em todas as regiões da Borgonha, também estão presentes neste vinhedo. O solo é bastante profundo, com 50 a 70cm, na parte superior do Clos, e vai ficando um pouco mais espesso e denso à medida que a inclinação é mais pronunciada, porém com uma maior presença de rochas nestas seções. Uma boa drenagem é essencial em um solo como este, o que é garantida pela própria inclinação da colina, assim como pelas rochas presentes no solo. Uma camada de marga ainda é encontrada mais profundamente, protegendo as videiras da umidade em um período mais longo de chuvas.
A Vinificação
As uvas são colhidas à mão no ponto ideal de maturação e delicadamente selecionadas antes de serem transferidas, por gravidade, para as cubas de carvalho, sendo que uma parcela destas uvas é mantida com os cachos inteiros, dependendo das condições de cada safra. Independente se foram desengaçadas ou não, é extremamente importante que as uvas estejam intactas, de forma a preservar todo o seu potencial aromático. Após um período de maceração a frio, pré fermentativa, com o objetivo de aumentar a extração de cor e sabor das uvas, a fermentação se inicia apenas com as leveduras nativas. A maturação acontece então em barris de carvalho por 16 a 18 meses, sendo um terço novos.
A Safra
2019 foi uma daquelas safras de alta qualidade, onde a uvas amadureceram com perfeição, contendo um ótimo equilíbrio entre açúcar, acidez e concentração de sabor, gerando um vinho com perfeita harmonia entre álcool, corpo, taninos e acidez.
Apesar de algumas dificuldades no início da floração, os conhecimentos profundos de cada parcela do vinhedo e em técnicas biodinâmicas permitiram que as uvas fossem colhidas em boas condições. Os baixos rendimentos resultaram em um vinho de sabores intensos e cor profunda. A qualidade dos taninos é confirmada a cada vez que o vinho é degustado e os sabores permanecem na boca por longos segundos. Com uvas de tão boa qualidade, Guillaume tomou a decisão de utilizar 95% de uvas com os cachos inteiros na fermentação, gerando um perfil naturalmente expressivo e muito complexo. O nariz evoca aromas de cereja, violeta e toques de grafite. Sua estrutura e intensidade de sabor permitirão que este vinho envelheça por longos anos.
Esta é a safra preferida do próprio Guillaume Marko, enólogo responsável por este vinho