Ermitage Rouge

Hermitage (ou Ermitage) é uma pequena denominação que se estende por apenas 136 hectares ao longo da margem esquerda do rio Rhône e produz o vinho mais prestigiado da região norte da Côte du Rhône e alguns dos vinhos mais longevos e duradouros do mundo. Para efeito de comparação de seu tamanho, apenas o Chateau Lafite, em Bordeaux, tem 100 hectares de vinhedos.

Ermitage é uma Appellation d’Orginie Protégée (AOC) desde 1937 e a lenda diz que possui este nome em função do cavaleiro cruzado Gaspard de Stérimberg, que voltou ferido da Cruzada Albigense em 1224 e foi autorizado pela rainha da França a construir um pequeno refúgio nestas encostas, onde viveu como um eremita.

Originalmente, a palavra foi escrita “Ermitage”, por causa da palavra francesa “Ermite”, porém, no século 19, os ingleses eram os principais consumidores de vinho francês, mas era muito difícil para eles pronunciar essa palavra e por isso acrescentaram um “H” nos barris para aspirar o “E” durante a pronúncia e este hábito continuou ao longo do tempo. Hoje cada produtor escolhe a forma que prefere.

O ERMITAGE ROUGE 2015 DO PHILIPPE & VINCENT JABOULET

Proveniente de um vinhedo de apenas 1,3 hectares, com idade média de 50 anos, produzido de forma orgânica certificada, sem a utilização de inseticidas e herbicidas, tanto para a produção do Ermitage Rouge quanto na produção do Blanc, é um vinho com aromas de frutas negras, uma boa estrutura tânica, grande delicadeza e elegância. É ainda um vinho que pode ser guardado por muito tempo.

UVA: 100% Syrah

TERROIR: Vinhedos voltados ao sul, protegidos do vento norte, com solo granítico e terraços cobertos com seixos aluviais redondos.

VINIFICAÇÃO: vinificado em cubas de madeira com bombeamento duas vezes ao dia e maceração longa, de 4
semanas. Amadurecido por 24 meses em barris de carvalho de 228 litros, 50% novos,

SERVIÇO: Servir entre 16° e 18°C.

Philippe Jaboulet e seu filho, Vincent, continuam a tradição da família Jaboulet, de produzir vinhos cobiçados e de altíssima qualidade no norte do vale do Rhône.

Localizado em Crozes-Hermitage, o Domaine Philippe & Vincent Jaboulet foi fundado em 2006 após a venda da Maison Paul Jaboulet Ainé, um dos mais renomados produtores da região, onde Philippe era o responsável pelos vinhedos e por gerenciar a compra de uvas para complementar a produção.

Após a venda, Philippe e Vincent mantiveram cerca de 13 hectares dos vinhedos da família, incluindo uma parcela do notável vinhedo Thalabert e adquiriram outros 15 hectares, incluindo um pequeno lote em Cornas. A parcela do vinhedo Thalabert que pertencia a Paul Jaboulet Ainé foi renomeada para Nouvelère, em comemoração à “nova era” e o vinho produzido neste vinhedo vem de suas videiras mais antigas, com até 80 anos de idade.

Vincent é a 6 geração da família Jaboulet a produzir vinhos e após 4 anos estudando o cultivo de videiras e a produção de vinhos, se tornou enólogo e teve experiências tanto na França, quanto no novo mundo (Austrália).
Hoje pai e filho produzem vinhos excepcionais em 4 denominações:

Hermitage/Ermitage: O vinho mais prestigiado da região norte de Côte du Rhône. 1,3 hectares.

Cornas: Uma denominação para vinho tinto que só é cultivada nas encostas ocidentais do Rhône. É derivado de 2,5 hectares de solo de granito e fica a uma maior altitude do que as outras áreas.

Crozes-Hermitage: Tinto e branco – A maior denominação, cultivada a partir de 25 hectares ao redor das encostas de Hermitage.

IGP: Tinto e branco – 2 hectares de 100% Syrah e 100% Viognier.

Philippe e Vincent cultivam suas videiras e produzem os vinhos de forma sustentável, obtendo a classificação HVE em 2016. Essa certificação significa que sua produção utiliza métodos biodiversos que envolvem a preservação do estado natural dos vinhedos. Sua classificação é HVE nível 3 – o nível mais alto. Isso envolve o uso de zero pesticidas, herbicidas e inseticidas químicos e todo o trabalho do solo ocorre de forma mecânica.

Eles respeitam o ecossistema e controlam o uso da água durante todas as etapas da produção. Incentivam a reprodução de insetos favoráveis ao cultivo de vinho e instalaram casas de aves e morcegos para estimular a reprodução aviária, paralelamente ao cultivo de vinho, de forma a limitar os insetos que podem ser contraproducentes à saúde das videiras.