Se houvesse uma única palavra para capturar a essência do Domaine Bitouzet-Prieur, essa palavra seria “perfeição”. Não resta sombra de dúvida.
Fundado no meio do século 20 a partir da união de duas antigas famílias de enólogos de Volnay e Meursault, o Bitouzet-Prieur é um domaine histórico que floresceu ao longo das décadas. O casamento de Vincent Bitouzet e Annie Prieur, pais de François Bitouzet-Prieur, que assumiu o comando em 2012, selou o destino desta casa de vinhos excepcionais.
As raízes ancestrais dessa família na Borgonha se estendem por dois séculos e os Bitouzets foram pioneiros entre os domaines familiares ao engarrafar seus próprios vinhos. Já em 1860, o bisavô de François havia conquistado medalhas por suas habilidades de vinificação.
Nas recém-inauguradas instalações modernas em Meursault, o Domaine se estende por 13,5 hectares. Desses, aproximadamente 5,5 hectares dedicados à uva Chardonnay, enquanto os 8 hectares restantes com a uva Pinot Noir.
Ciente de que grandes vinhos nascem somente de uvas perfeitamente maduras e saudáveis, François Bitouzet, representando a sexta geração da família, lidera incansavelmente sua equipe na busca por essa excelência. “Todos os nossos esforços convergem para a busca pela máxima qualidade, proporcionando aos nossos clientes os melhores ‘crus’, provenientes de nossos magníficos 1er crus de Volnay e Meursault”, afirma François, que ingressou na empresa familiar em setembro de 2005, trazendo consigo um entendimento profundo do que fala.
François desmistifica o processo de vinificação, tornando-o notavelmente simples: “Respeite o solo onde as vinhas prosperam; utilize matérias orgânicas, evitando herbicidas; proteja as videiras e colha as uvas no momento perfeito. Para mim, é um encontro entre arte e ciência. Vinificar envolve o olfato, o paladar, a mente, e, sobretudo, o coração.”
Um zelo meticuloso permeia todas as etapas da produção, porque, nas palavras de François, “cada detalhe importa”. Desde o cuidado com a nutrição das vinhas até a vinificação e o engarrafamento, cada cuvée é tratada de maneira única. “Tanto nos vinhedos quanto na adega, não há rigidez. Observamos, monitoramos, degustamos, debatemos e tomamos decisões adequadas caso a caso.”
François enfatiza que degustar um vinho da Borgonha é saborear a própria identidade do local de origem das uvas. Cada garrafa é o produto de séculos de experiência em vinificação, encapsulada em uma safra específica. “É preciso respeitar a natureza e obedecer às regras da vinificação”, explica François. “Não buscamos desvendar novos terroirs aqui, pois essa terra foi cultivada por gerações de monges; não há novidade a descobrir. Em vez disso, nosso propósito é compreender a natureza em sua totalidade e, através disso, dar a máxima expressão possível ao Terroir.”
Os vinhos brancos são fermentados e envelhecidos em barricas (não mais que 20% de carvalho novo), sendo engarrafados após 15 a 18 meses da colheita. O resultado são brancos de elegância inigualável, diferenciando-se dos Meursaults tradicionais mais encorpados.
No caso dos tintos, as uvas são totalmente desengaçadas e passam por uma maceração de cerca de 2 semanas. A conversão malolática ocorre em barricas, e os tintos são engarrafados entre 20 e 24 meses após a colheita, com a madeira nova mantida em níveis modestos.
Como fica claro, François é um perfeccionista nato, cujo compromisso com a excelência é evidente em cada taça de vinho produzida pelo Domaine Bitouzet-Prieur.
